Um pouco da minha história com o crochê

Minha história com o crochê, assim como muitas, não teve um caminho fácil.

Professora Ju

O despertar

Eu comecei a fazer crochê na adolescência porque sempre tive uma grande admiração por essa arte. E embora eu já tivesse admiração e vontade de aprender desde pouco mais de 6 anos de idade, como eu não conhecia ninguém próximo que pudesse me ensinar, não pude aprender antes disso.

Contudo, não conhecer alguém que pudesse me ajudar não me impediu de lutar por um objetivo tão desejado. Afinal, eu achava incrível que uma agulha e um fio pudessem criar tantas coisas lindas e diferentes.

Assim, com pouco mais de quinze anos decidi que havia chegado a hora de aprender como fazer crochê.

O desafio

Dessa forma, assim que minha mãe me entregou vinte reais para o lanche do mês eu decidi fazer o sacrifício necessário. Ou seja, investi aqueles vinte reais (que era tudo o que tinha) comprando duas revistas, uma linha e uma agulha.

Depois disso, naquele dia, eu cheguei em casa com a sensação de que havia feito uma loucura. Afinal, eu havia usado o dinheiro do meu mês inteiro destinado a matar minha fome durante as mais de doze horas enquanto estava na rua estudando. Porém, o que estava feito, estava feito e por isso eu comecei a estudar com afinco cada página daquela revista para iniciantes. Afinal, o sacrifício tinha que valer a pena.

A derrota

Infelizmente, no entanto, eu não aprendi crochê sem sofrimento. Pelo contrário, meu aprendizado foi longo, cansativo e difícil simplesmente porque tudo era novo para mim e eu estava sozinha.

Em primeiro lugar eu não sabia absolutamente nada sobre crochê, a ponto de confundir com tricô. Em segundo lugar, os pontos na revista eram ensinados com desenhos, uma maneira bastante complicada para aprender crochê. Isto é, era difícil saber exatamente qual o movimento necessário para fazer o ponto a ou b. Em terceiro lugar, por não saber nada do assunto, eu havia comprado o material errado: fio fino, agulha pequena e, assim, o trabalho parecia que jamais chegaria a lugar algum.

Com todas essas dificuldades foi muito difícil aprender os pontos e começar a fazer crochê. E, assim, eu simplesmente cheguei à conclusão de que o crochê não era para mim, eu não tinha o dom para aquele tipo de artesanato e, então, eu desisti.

A volta por cima

Então, agora você deve estar se perguntando como é possível eu ter desistido do crochê e hoje ser professora dessa técnica. Acontece que eu fiquei um tempo sem sequer tocar na agulha, ou seja, eu desisti real e completamente. Porém, minha mãe queria muito um jogo de centrinhos e, por isso, insistiu para que eu tentasse novamente.

Assim, com o incentivo da minha mãe eu voltei a tentar e então, na compra dos novos materiais, consegui acertar (por acaso) na compra do fio, escolhendo um mais grosso. E, dessa forma, foi muito mais fácil fazer as peças. Ou seja, consegui ver meu trabalho render, ganhar vida e, assim, me animei novamente.

No entanto, essa coincidência foi incrível e determinante para que eu continuasse aprendendo crochê. Isto porque, caso eu fracassasse novamente eu iria desistir do crochê definitivamente, talvez para sempre. Por isso, desde que consegui, sempre me pergunto como foi possível comprar o material certo daquela vez. Além disso, como consegui fazer, de repente, os pontos que eu tentei antes exaustivamente sem ter nenhum êxito.

No fim, até hoje vejo tudo isso como um verdadeiro milagre. Afinal, o crochê mudou a minha vida e através de mim tem mudado a vida de muitas outras pessoas. Portanto, além do esforço pessoal que sempre é necessário na vida, não desista e tenha fé em Deus. Esse é meu conselho e testemunho.

A caminhada

Depois do primeiro joguinho de centrinhos eu não parei mais. Afinal, o amor pelo crochê já estava dentro de mim há muito tempo e agora que eu, finalmente, conseguia dar vida aos pontos, tudo fluiu naturalmente.

Com o apoio da minha mãe, do meu marido e da minha sogra eu continuei treinando e me aperfeiçoando. Assim, conforme os trabalhos iam ficando melhores e mais bonitos, chegaram as primeiras encomendas de crochê.

Mas não parou por aí, ou seja, eu comecei a ensinar crochê na internet. No entanto, como eu ganhava dinheiro fazendo crochê por encomenda, eu não tinha tempo suficiente para ensinar muitas peças. Além disso, era arriscado ensinar as peças que eu criava porque elas garantiam o meu sustento.

O casamento

Contudo, eu também sempre gostei de ensinar e comecei a ver uma oportunidade de unir duas coisas que amava desde criança, duas paixões da minha vida: ensinar e fazer crochê.

Assim, da união de dois amores nasceu o canal JNY Crochê onde eu ensino milhares de pessoas a sair do zero absoluto e fazer seus primeiros pontos. Além disso, com o passo a passo das peças que eu crio, mesmo um iniciante no crochê pode fazer seus primeiros trabalhos com facilidade.

Posteriormente, além do canal, criamos também o nosso site com o objetivo de ensinar de maneira ainda mais profunda, completa e transformadora. Assim, além de ajudar quem está iniciando na técnica do crochê, ajudamos também quem deseja aperfeiçoar essa habilidade. E mais, com nossas aulas exclusivas, nossas alunas podem se destacar no mercado artesanal, fazendo do crochê um verdadeiro negócio.

A vitória

Resumindo, então, minha história com o crochê, assim como muitas, não teve um caminho fácil. No entanto, apesar das dificuldades, é possível chegar a um objetivo quando se tem vontade, perseverança e fé em Deus.

Afinal, não nascemos para viver uma vida sem obstáculos, e sim, para enfrentá-los e vencê-los.

“As escolhas levam a hábitos. Hábitos se transformam em talentos. Talentos são chamados de dons. Você não nasceu desse jeito, você se tornou assim.”

Seth Godin

Sobre a professora Ju

Ju é professora, artesã e apaixonada por crochê.
Especialista em crochê, ela é fundadora do canal e do site JNY Crochê onde posta semanalmente receitas de crochê inéditas com um passo a passo fácil de seguir e que, nas palavras de suas alunas, sempre dá certo.
Atualmente mais de 1,7 milhão de pessoas a seguem em seu canal gratuito além de tantas outras que a acompanham no Club do Crochê, um espaço exclusivo com acesso a dezenas de peças de crochê inéditas, criativas e originais.
Com sua forma prática e fácil de ensinar suas criações em crochê ela ajuda milhares de pessoas no Brasil e no mundo a também praticarem essa técnica admirável e milenar que ajuda a relaxar e aumentar a auto-estima, além de poder se tornar um verdadeiro negócio.